O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná cassou, ontem, o registro da candidatura do deputado estadual Antonio Belinati (PP) à Prefeitura de Londrina. O TRE acatou os argumentos do Ministério Público Eleitoral, que recorreu à Corte alegando que o deputado é inelegível pelo fato de suas contas junto ao Tribunal de Contas do Estado não estarem aprovadas.

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Belinati, que já foi prefeito de Londrina em três ocasiões, lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno na cidade. Ele é o único nome paranaense a constar, até agora, na lista dos candidatos “fichas sujas” da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).

Porém, sua cassação não se deve aos mais de 10 processos que responde na Justiça, e sim à desaprovação de suas contas como prefeito pelo Tribunal de Contas do Estado.

O deputado declarou que assim que for publicada a decisão do TRE irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse estar tranqüilo quanto a revisão da decisão.

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“Na minha última eleição também fui impugnado pelo TRE e consegui o registro no TSE. Já tenho uma convivência desagradável com o Tribunal Regional desde 1982, quando, na minha eleição para deputado, o TRE me tirou votos e tive que recorrer a Brasília para reabrir as urnas e recontar os votos”, declarou.

Sobre sua defesa, o deputado disse que “minha candidatura foi cassada por conta do julgamento pelo Tribunal de Contas de um convênio que fiz quando prefeito. Mas o próprio TC já reviu a decisão e concedeu liminar em meu favor. O TRE ignorou essa liminar, mas o TSE já julgou casos semelhantes e aprovou o registro. Por isso, seguiremos a caminhada”, declarou.

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Para ele, tanto a cassação quanto a inclusão de seu nome na lista da AMB foram motivadas por seus adversários. “Vários outros candidatos em Londrina têm pendências na Justiça, mas só o meu nome apareceu naquela lista dos ‘fichas sujas’, e na véspera do julgamento no TRE. Como estamos liderando as pesquisas, já estamos preparado para esse tipo de ações”, declarou.

Em 2007, o TC do Paraná havia desaprovado um convênio firmado na gestão de Belinati com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), apontando desvio de finalidade no repasse da verba de R$ 150 mil, destinada a recuperação de estradas rurais.

Mas, em junho, Belinati obteve liminar do TC, o que fez, inclusive, com que seu nome não fosse incluído na lista de políticos com contas desaprovadas entregues pelo TC à Justiça Eleitoral. O TSE tem até o próximo dia 25 de setembro para analisar todos os recursos. Até lá, Belinati pode seguir em campanha.