A área técnica do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná se manifestou, pela terceira vez, pela reprovação da prestação de contas da campanha eleitoral do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR).
Servidores da corte já haviam apontado infração grave na documentação, mas a defesa do ex-juiz voltou a apresentar, em uma tréplica, novos comprovantes para justificar gastos considerados inconsistentes. Na terça-feira (29), parte da papelada foi rejeitada mais uma vez.
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Apenas três despesas foram revistas e acatadas pela área técnica: um saque para composição de fundo de caixa no valor de R$ 1.500 e o lançamento de notas fiscais emitidas por dois fornecedores diferentes.
O parecer pode abrir caminho para uma investigação mais rigorosa das contas do ex-juiz. Procurado por meio de sua assessoria, Sergio Moro não se manifestou até a publicação deste texto.
No início deste mês, quando foi solicitada a reapresentação da prestação de contas, o ex-juiz afirmou que o relatório da Justiça Eleitoral era padrão e natural neste período de pós-campanha.
E aí, Moro?
Em nota, a defesa posiciounou-se. “O parecer divulgado é opinativo e reflete um rigor do órgão técnico incompatível com a posição da jurisprudência. Situações formais, sem qualquer gravidade, como o atraso de 24 ou 48 horas na informação de uma doação, pós-campanha, foram indicadas como razão para reprovação das contas. Por isso temos certeza de que o plenário do TRE/PR, na linha do seu entendimento habitual, em função dos apontamentos não afetarem a transparência das contas, decidirá por sua aprovação, uma vez não ter ocorrido nenhum ilícito”, disse o advogado Gustavo Guedes.

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