O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), disse nesta quarta-feira, em pronunciamento durante a sessão, que, antes de firmar o contrato de locação de um avião a jato e um helicóptero da empresa Helisul, em março, o governo fez consulta de preços a seis empresas. Segundo Traiano, o menor valor foi oferecido pela Helisul Táxi Aéreo Ltda.
Enquanto outras três empresas cobravam R$ entre 23, 5 e R$ 24,5 por quilômetro de vôo, a Helisul ofereceu o serviço por R$ 22, comparou o líder do governo. “O contrato foi firmado pelo menor preço. Não há nada de irregular”, disse Traiano, em resposta a questionamentos feitos pelo deputado estadual Tadeu Veneri (PT).
Ele também comparou os valores pagos pelo governo do estado, um total de cerca de R$ 2 milhões, por um contrato de três meses, com a locação de uma avião feito, em 2010, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) , órgão do governo federal. De acordo com o líder do governo, o Ibama pagou R$ 5, 7 mil por hora de vôo. “Um preço muito mais elevado que o pago pelo governo do Estado”, disse.
O líder do governo também rebateu as declarações do ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) sobre o aluguel dos aviões. Traiano afirmou que Pessuti, no dia 23 de dezembro, assinou junto com a equipe de transição de Beto Richa, um termo declarando precárias duas aeronaves de propriedade do governo do estado. “Ele assinou um termo de desnecessidade atestando que os aviões estavam em péssimas condições de vôo, seja dentro ou fora do estado”, disse Traiano. Os aviões mencionados no despacho do governador são o Citation adquirido em 1984 e o King Air, comprado em 1968.
A dispensa de licitação foi atribuída por Traiano à uma situação emergencial. De acordo com o deputado tucano, o governo precisou dos aviões durante as chuvas que causaram deslizamentos no litoral do Paraná, na segunda semana de março. Ainda de acordo com Traiano, o governo irá abrir licitação para a locação definitiva de aviões.