O deputado estadual Tony Garcia (PPB) desmentiu ontem os boatos que circularam insistentemente nos círculos políticos de que iria renunciar à candidatura ao Senado.
O deputado também negou os rumores de que teria sido decretada sua prisão preventiva, decorrente de ação penal que tramita no Tribunal Regional Federal/4.ª Região, em Porto Alegre, contra os ex-dirigentes do Consórcio Garibaldi.
As especulações foram desencadeadas pela crise financeira na campanha de Tony, que dispensou cinco mil dos cerca de sete mil cabos eleitorais que faziam panfletagem em todo o Estado.
Em Curitiba, os mil contratados foram avisados ontem de que o trabalho acabou. Eles recebiam R$ 70 por semana, mais vale-transporte e vale-alimentação. O deputado disse que está “readequando” os gastos e que está mudando sua estratégia de campanha. Ao invés do feito pelos cabos eleitorais, o pepebista disse que irá concentrar seu trabalho nos comícios combinados com shows de artistas de renome nacional. Os showmícios estão sendo programados para Curitiba e o interior. Até agora, em 52 dias de campanha, Tony ainda não saiu em campo no interior, o que gerou uma reprimenda do presidente estadual do partido, deputado federal José Janene.
A coordenadora da campanha do candidato em Curitiba, Rosimeri Kredens, disse que o pagamento dos demitidos na capital será realizado conforme uma programação, que começa hoje e vai até domingo. As equipes de panfletagem receberão seus salários no comitê central do deputado pepebista, a partir da tarde de hoje. “Vamos pagar a todos, individualmente. Ninguém vai ficar sem receber”, prometeu Rosimeri.
Tony disse que sua campanha estava superestimada e que foi necessário enxugar as despesas. “Chegamos à conclusão de que podemos reduzir tudo pela metade. Não precisamos de tanta gente trabalhando”, justificou o deputado, que aposta sobretudo no horário eleitoral gratuito para se manter em condições de disputa por uma das duas vagas ao Senado. Na pesquisa de intenções de votos realizado pelo Ibope e divulgada na quarta-feira pela Rede Paranaense de Comunicação, Tony caiu de 22% para 17% das intenções de votos.
Comitê avalia mudanças
Elizabete Castro
O alto comando da campanha do senador Álvaro Dias (PDT) ao governo passou a tarde ontem reunido para discutir as mudanças na campanha de Tony Garcia (PPB) ao Senado. Os estrategistas de Álvaro estão tentando achar uma fórmula para compensar a quebra de orçamento da campanha de Tony. O candidato do PPB ao Senado teria um compromisso de compartilhar os custos da campanha ao governo, já que estão sendo produzidos vários materiais de propaganda em conjunto com o senador pedetista.