Empossada ontem a nova direção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/9.ª Região). Depois de dois anos sob a presidência do juiz Fernando Eizo Ono, o comando do tribunal passou para Wanda Santi Cardoso da Silva, ex-vice-presidente. Os novos vice-presidente e corregedor regional, que também assumiram ontem, são, respectivamente, os juízes Rosalie Michaele Bacila Batista e Luiz Eduardo Gunther.
"É muito gratificante, motivo de orgulho, mesmo sendo paulista, ter sido nomeada pelos meus colegas presidente de um tribunal tão importante", comentou a nova presidente. A juíza fez questão de afirmar que "embora cada um tenha o seu perfil, nossa administração será de continuidade aos projetos que vinham sendo desenvolvidos anteriormente". Ele destacou o trabalho da gestão do juiz Ono, que em dois anos, instalou 14 novas varas no Estado.
Dentre os projetos mais importantes que pretende manter e, se possível, aprimorar, a juíza destacou, além da instalação de novas varas, o projeto de informática, a aproximação da Justiça à comunidade, o aperfeiçoamento dos juízes e a capacitação dos servidores, viabilizados através da Escola de Administração Judiciária, inaugurada na última segunda-feira.
Responsável pela fiscalização das Varas do Trabalho do Estado, o novo corregedor, Luiz Eduardo Gunther prevê algumas dificuldades nos próximos anos. "O número de varas é adequado, e ainda pretendemos inaugurar mais 11. Nosso grande problema é o número de juízes. Por lei, cada vara deve ter um juiz titular e um substituto, porém, nós temos 75 varas e apenas 61 juízes titulares e 62 substitutos. E, no último concurso, apenas um juiz foi aprovado", explicou.
A nova vice-presidente, Rosalie Batista, lembrou que sua função é substitutiva. Ela responde pela presidência na ausência da mesma, além de executar tarefas por ela delegadas. Rosalie destacou que uma das prioridades da gestão será tornar o juiz mais humano. "Além de conhecer muito sobre direito, nossos juízes têm de ter sensibilidade", comentou.
Nos próximos dois anos, os três juízes comandarão 75 varas, com a perspectiva de inauguração de mais 11, que receberam, entre janeiro e outubro deste ano, mais de 80 mil processos e solucionaram 74% dos casos. "O trâmite de um processo até está rápido, dura menos de um ano, o problema está sendo a fase de execução. Devido à dificuldade econômica, ocorre bastante atraso no cumprimento do acordo ou pagamento da sentença", explicou Wanda.
