O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou que deverá ter uma “rotina de conversas” com representantes do Executivo para que, juntos, possam “estabelecer prioridades para o Brasil”. Segundo ele, o diálogo entre os poderes não significa que terão que concordar com tudo, e sim que trabalharão para “sair a melhor proposta possível, o melhor produto possível”.

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Ele ponderou que “não significa que tudo o que for apresentado (pelo Executivo), o STF vai chancelar”, assim como nem tudo que chegar ao Congresso terá que ser aprovado.

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Toffoli falou com a imprensa após almoço com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em um restaurante em Brasília. Por telefone, o presidente Jair Bolsonaro também participou da conversa entre Onyx e Toffoli. Eles se reuniram numa sala reservada do restaurante.

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Um dia após o arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para investigar o “ativismo judicial” em tribunais superiores, apelidada de “Lava Toga”, Toffoli destacou a “importância intrínseca de cada um dos poderes”.

Ele afirmou que a conversa com Onyx e Bolsonaro foi um “bate-papo”. Nos bastidores, membros do Supremo viram as digitais de Onyx nas movimentações para a criação da CPI, que, na visão deles, seria voltada para investigar a atuação de tribunais superiores – mirava, na verdade, a Suprema Corte.

“O Executivo cuida do presente, Legislativo do futuro e o Supremo do passado. Essa é a ideia. A ideia de ter uma harmonia entre os poderes, um respeito”, disse o presidente do STF. “Isso sinaliza que a fase em que poderes estava em conflito passou. Cada um respeitando as suas competências, suas respectivas matérias de análise”, afirmou Toffoli.

Ao seu lado, Onyx disse que eles falaram “um pouquinho de cada coisa” e que foi um “almoço produtivo”, mas não especificou quais assuntos foram discutidos. “O Brasil precisa buscar harmonia. É momento de unir todos. O Brasil precisa que todos os poderes se unam”, defendeu Onyx.