O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, defendeu esta tarde o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), criticado por diversos segmentos da sociedade, como Forças Armadas, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil e Ministério da Agricultura. Em entrevista, Cassel disse que não entende a reação de “setores localizados” ao PNDH-3, já que a proposta, segundo ele, foi amplamente discutida e assinada por todos os ministros.

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“Eu defendo o plano. É correto. Especialmente nas questões rurais, pois todas as suas ações induzem a soluções negociadas para se resolver os conflitos”, declarou Cassel. Ele falou com jornalistas após participar de solenidade em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, a Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).

A afirmação de Cassel de que todos os ministérios analisaram a proposta do plano durante quatro meses e de que todos os ministros assinaram o documento foi feita ao comentar a posição do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que pediu a revisão do plano na parte referente à questão das invasões de terras. “Todos os ministros assinaram. O plano passou por todo o governo. Eu também dei contribuições. A informação que eu tenho é a de que existe, sim, uma assinatura do secretário-executivo do Ministério da Agricultura”, afirmou, referindo-se a José Geraldo Fontelles.

Cassel disse que o PNDH-3 visa combater a violência. “A violência no campo sempre serviu para acobertar a grilagem e o trabalho escravo”, afirmou. Acrescentou que, na área rural, o Ministério do Desenvolvimento Agrário já vem promovendo ações que estão contempladas no plano.

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Neste ano, segundo Cassel, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário contarão com R$ 626 milhões para investir em programas de assistência técnica voltados para a agricultura familiar e assentamentos da reforma agrária.