O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta sexta-feira (28), em Curitiba, que deixar de votar a reforma tributária será um “péssimo sinal” e “uma perda para o Brasil todo”. “Num momento como este nós deveríamos dar uma sinalização efetiva de que nós queremos simplificar os tributos, abrir espaço para diminuir a carga tributária, dar uma racionalidade no trabalho dos empresários que têm que enfrentar essa barafunda de legislações do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e acabar com a guerra fiscal”, disse.

continua após a publicidade

Em palestra a empresários reunidos no Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Paraná (Sindimetal), em que analisou a conjuntura econômica brasileira em relação à crise internacional, ele afirmou ser “vital” a aprovação da reforma por servir como um “sinalizador positivo”, apesar de acentuar que não vai provocar uma “mudança mágica”. “As pessoas movem-se também em relação às expectativas”, disse.

Bernardo mostrou certa irritação com as discussões que têm sido feitas em torno do tema. “Se a gente ficar no lenga-lenga, se ficar no diz-que-diz-que, nós não vamos votar nada e provavelmente não vai acontecer votação no ano que vem e na próxima década também não”, afirmou. “Devíamos colocar para a votação e aí o País observaria quem é a favor e quem é contra, eu tenho certeza que a maioria do Congresso é a favor.”

continua após a publicidade