Em plena campanha para a presidência do Senado, cuja eleição ocorrerá em
fevereiro do próximo ano, o senador Tião Viana (PT-AC) ignora, pelo menos por enquanto, a decisão do PMDB, o maior partido da Casa, de lançar candidato à vaga que ele disputa.
Para o senador petista, a decisão do PMDB de lançar candidato próprio à sucessão de Garibaldi Alves (RN) serviu apenas para acalmar os ânimos dentro da bancada, que conta com 20 senadores e tem o ex-presidente José Sarney (AP) como o nome mais cotado para concorrer ao cargo.
“Da maneira como agiu, o PMDB vai ter tempo para se harmonizar internamente,
superar os seus obstáculos. Acho que nós vamos fazer um bom entendimento e
ter uma eleição pautada no equilíbrio político nacional”, afirma o petista em referência à candidatura do deputado Michel Temer (PMDB-SP) à presidência
da Câmara. Temer conta com o apoio dos deputados do PT. Em contrapartida, os
petistas esperam apoio dos senadores peemedebistas à candidatura do acreano
no Senado.
Apesar dessa indefinição, Tião Viana ainda aposta numa candidatura única, com o seu nome, que represente o consenso entre todos os partidos. “Fui lançado pelo meu partido, estou recebendo e buscando alianças em outros partidos, e acredito que nós vamos ter uma enorme oportunidade de marchar para uma candidatura única, pautada no entendimento, em defesa da instituição Senado”, avalia.
A sua candidatura, diz o candidato petista, já tem a adesão de 21 senadores. Para ser eleito, o presidente do Senado precisa receber, no mínimo, 41 votos. Além dos 12 senadores do PT, Tião tem o apoio declarado do PSB, que tem dois senadores, e do PRB, que tem um representante na Casa.
O atual vice-presidente do Senado ainda busca o apoio de outras legendas,
como o Psol, com um senador, e o PDT, que ocupa cinco cadeiras. “Eu espero
alcançar a simpatia e a adesão da unanimidade, porque isso não é um fenômeno
raro nesta Casa”, diz Tião, em entrevista
