Acaba hoje o prazo para que os candidatos que concorreram nas eleições de 6 de outubro apresentem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os gastos com a campanha. Até às 18h de ontem foram entregues 124 relatórios de despesas e receitas, e segundo a assessoria de imprensa do Tribunal faltam ainda 626. Apenas os dois candidatos ao governo que disputaram o segundo turno – Roberto Requião (PMDB) e Álvaro Dias (PDT) – poderão entregar a prestação de contas no dia 27. Os candidatos que não apresentarem as declarações de gastos da campanha podem ficar sem diplomação (no caso dos eleitos) ou serem declarados inelegíveis.
Dos doze candidatos ao Palácio Iguaçu, o deputado federal Rubens Bueno (PPS) foi o primeiro a apresentar o relatório. A previsão de gastos do partido era de R$ 1,7 milhão, mas sua campanha teve gastos de R$ 323.739. Já as receitas chegaram a R$ 323.801, restando um saldo de R$ 61,96. Neste valor também estão incluídas as despesas do PPS com o candidato ao Senado, Affonso Antoniuk. Os principais gastos foram com eventos promocionais, impressos e propaganda.
A previsão de gastos de Severino Araújo (PSB) era de R$ 900 mil, mas ele gastou apenas R$ 2.900. Durante a campanha, Araújo declarou que o uso de caixa 2 é comum, e que praticamente todos os partidos não declaram todos os gastos. Agora ele afirma que vai fiscalizar as prestações de contas dos candidatos, e que irá denunciar todas as irregularidades.
De acordo com o responsável pelo comitê financeiro do PT, Luís Fernando Dias, a campanha de Padre Roque Zimmermann gastou menos de 10% dos R$ 2,89 milhões declarados ao TRE na previsão de gastos. “Foi uma campanha pobre e de difícil arrecadação. O resultado foi muito abaixo do esperado”, afirmou. Os maiores doadores foram o comitê nacional, o Diretório Estadual e alguns candidatos proporcionais, que doaram de suas contas de campanha. As maiores despesas foram com o programa de televisão, agências de publicidade e material impresso. “Devemos ter gasto em torno de R$ 280 mil”, informou Dias. A expectativa era de fechar as contas ainda ontem.
O vice-prefeito Beto Richa (PSDB) foi o candidato que registrou a maior previsão de gastos no TRE, R$ 12,6 milhões. De acordo com José Richa Filho, responsável pelo comitê financeiro da campanha os gastos ficaram em torno de R$ 2,3 milhões. “Os maiores gastos foram com impressos e propaganda e marketing, assim como programas de televisão”, afirmou. Já as doações vieram principalmente de empresas. “Tivemos também doações de pessoas físicas, mas a maior parte foram de empresas”, contou.
Propaganda
Na quarta-feira termina o prazo para os partidos políticos e coligações retirarem os banners e cartazes da propaganda política espalhadas pela cidade. Segundo o juiz Luiz Osório Panza, da 3a Zona Eleitoral, a competência do Tribunal Regional Eleitoral para fiscalizar a propaganda terminou no dia da eleição, e agora a responsabilidade é da Prefeitura. “A legislação eleitoral, prevê em seu artigo 84 da Resolução 2.988 do Tribunal Superior Eleitoral o prazo de trinta dias após o pleito. Mas agora a competência não é mais eleitoral, e cabe à Prefeitura fiscalizar”.
Segundo o juiz, os partidos e coligações podem ser multados caso não cumpram o prazo determinado.