Reunidos em um almoço no início da tarde desta terça-feira, 4, integrantes da bancada do Senado e líderes do partido na Câmara discutiram sobre os trâmites da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos. O encontro ocorreu no mesmo momento em que o relator do projeto na Comissão Especial da Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), apresentava o texto final no colegiado.
“A tendência é fecharmos questão”, disse o líder da Câmara, Antônio Imbassahy (BA) ao deixar a reunião com os senadores realizada no gabinete de Tasso Jereissati (CE). “Acho que o primeiro teste será a votação na Câmara, aqui também devemos fechar questão”, afirmou o senador Jereissati, após o almoço.
Atualmente, o PSDB detém a quarta maior bancada da Câmara com 50 deputados e a segunda no Senado, com 11 representantes. Em jantar realizado na última terça-feira, que teve como anfitrião o presidente da República, Michel Temer, outros partidos da base na Câmara também sinalizaram que iriam apoiar integralmente a votação da PEC. Entre eles o PMDB, PP e PSD.
Responsável por conduzir a votação da “PEC do Teto” após discussão na Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que irá se empenhar para que a proposta tramite rapidamente na Casa.
“Não há como não ser uma votação célere”, afirmou Renan à reportagem. As declarações do senador foram feitas pouco antes de ele ir para almoço com o presidente da República, Michel Temer, no Palácio do Planalto. No encontro, também deve estar presente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A expectativa do governo é que a proposta seja votada no plenário da Câmara até o próximo dia 11 de outubro, uma semana antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que definirá o rumo da taxa básica de juros da economia, a Selic. O Banco Central tem destacado o ajuste fiscal como uma das condições para que seja possível reduzir os juros. A intenção é abrir caminho para a primeira queda na taxa desde 2012.
Depois de passar pela Câmara, a PEC segue para discussão no Senado.