No discurso de posse realizado nesta sexta-feira, 2, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, ressaltou que a instituição será “implacável” contra os desvios ocorridos no âmbito da administração federal. Na avaliação do novo ministro, o tema de combate à corrupção foi inserido na agenda pública de forma “irreversível”. Simão ocupou o posto no lugar de Jorge Hage que deixou o comando da CGU após 12 anos de mandato. Ligada à presidência da República, a Controladoria atua como órgão de fiscalização da União.

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Com a palavra, Simão não citou diretamente os últimos episódios de corrupção ocorridos na Petrobras, mas lembrou das declarações realizadas ontem pela presidente Dilma Rousseff que, em parte do discurso da posse, afirmou que era preciso “apurar com rigor tudo de errado que foi feito na Petrobras e fortalecê-la”.

“Como disse a presidente temos que defender as nossas empresas de predadores e inimigos. As estruturas de governança e de compliance devem sim ser criadas e aprimoradas, funcionando em articulação com as ferramentas de auditoria e investigação”, afirmou Valdir Simão.

Em um segundo momento, o novo ministro foi ainda mais enfático no papel da CGU no combate à corrupção. “É tarefa da CGU ser implacável com aqueles que não andarem na linha. Se por um lado haverá a mão que orienta, por outro haverá a mão que julga e pune com rigor os desvios. Como disse a presidente Dilma, a corrupção deve ser extirpada da sociedade.”

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Ao lado de Jorge Hage, o novo ministro também defendeu que no combate à corrupção será necessária uma maior interação com os ministérios, autarquias, fundações, estatais e entes subnacionais. Além disso, considerou como “indispensável” o fortalecimento e modernização dos mecanismos de controle interno. “Pretendo intensificar o uso da Tecnologia da Informação (TI) para incrementar e ampliar o alcance desta Controladoria. Em um mundo cada vez mais digital, é mandatória a aplicação de ferramentas de TI no monitoramento, na fiscalização e na avaliação das políticas públicas”, afirmou.

Histórico

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Escolhido pela presidente Dilma para o segundo mandato da petista, o ministro é auditor fiscal e servidor de carreira da Receita Federal há 27 anos. Ele foi secretário adjunto da Receita de 2007 a 2008, secretário da Fazenda do Distrito Federal em 2011 e por duas vezes ocupou a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sendo a primeira de 2005 a 2007, e depois de 2008 a 2010.

Desde fevereiro deste ano vinha atuando como secretário-executivo da Casa Civil e nos sete meses anteriores coordenou o Gabinete Digital da Presidência da República. De 2011 a 2013, Valdir Simão ainda foi secretário-executivo do Ministério do Turismo.