Temer visita Petrópolis em apoio a candidato do PMDB

O vice-presidente da República, Michel Temer, visitou hoje a cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, para tentar alavancar a reta final da campanha do candidato à prefeitura local Bernardo Rossi (PMDB).

Acompanhado do presidente nacional do PMDB, o senador Valdir Raupp, do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Temer fez uma caminhada de menos de 30 minutos pela rua Tereza, tradicional pólo têxtil da cidade. Cumprimentou eleitores e pediu votos para seu correligionário.

O compromisso fez parte de uma extensa agenda que Temer cumpre nos municípios do Estado em que o PMDB disputa o segundo turno. Pela manhã, esteve em Volta Redonda, no sul fluminense. De lá, pegou o helicóptero e foi para Petrópolis.

Da serra, vai para a capital, onde o prefeito do Rio oferecerá um almoço. O último compromisso está em aberto. Seria em Duque de Caxias, região metropolitana, no final da tarde, mas diante do aparente cansaço, seus assessores ainda não confirmam sua presença.

Antes de entrar na van que o levaria direto para o helicóptero, Temer respondeu a uma única pergunta dos jornalistas: sobre a saia justa recente, na qual Paes lançou Cabral a candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff em 2014.

“O Cabral é um companheiro”, limitou-se a dizer Temer, em meio a cabos eleitorais, curiosos e jornalistas. Ninguém mais da comitiva falou com a imprensa.
Em um rápido discurso, entre a van e uma loja de roupas íntimas, Temer ressaltou a parceria entre PT e PMDB no executivo. Destacou ainda o alinhamento entre as três esferas de governo na administração do Rio, capital e Estado

“Vamos manter em Petrópolis a parceria PT/PMDB que teve muito êxito no governo federal”, disse.

Na mesma linha, Cabral disse que tem confiança na candidatura de seu afiliado político na região. “Essa parceria que trouxe pela primeira vez na história, o vice-presidente à Petrópolis.”

Paes, por sua vez, disse que a cidade precisa ficar longe dos que causam “encrenca” com o governo federal. “Vamos garantir que gente encrenqueira tome conta de Petrópolis”, disse.

Votos

O eleitorado de Petrópolis gira em torno de 240 mil pessoas. No primeiro turno, Rossi teve 52.951 votos, seguido de Rubens Bomtempo (PSB), com 50.320 votos, e Paulo Mustrangi (PT), com 45.060. De última hora, Mustrangi aderiu á campanha de Rossi, irritando o comando nacional do PT que queria que o candidato apoiasse Bomtempo.

O apoio à Rossi irritou particularmente ao senador Lindbergh Farias (PT), possível candidato ao governo do Estado do Rio, em 2014. Mustrangi respondeu às críticas.
“Foi uma decisão do diretório local a aliança com o PMDB. Não podemos precipitar 2014 agora”, disse Mustrangi, que também participou da caminhada. “É para frente que se anda”, completou.

Segundo turno

A disputa pelo segundo turno na cidade teve uma reviravolta a dez dias do pleito. No último dia 18, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aceitou um recurso apresentado pelo candidato do PSB que permitiu que ele participasse do segundo turno no lugar do petista.

Bomtempo foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) porque teve as contas públicas rejeitadas, quando foi prefeito em 2004, por não ter recolhido valores devidos ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

Com a candidatura impugnada pelo TRE-RJ, os 50.320 votos obtidos por Bomtempo foram considerados nulos. Após a impugnação, o candidato recorreu ao TSE, que aceitou a ação.

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