Foto: Agência Brasil

Michel Temer: deputado quer mesmo o controle do partido.

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Mesmo cotado para um ministério no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Michel Temer está em campanha para reeleição ao comando nacional do PMDB e nesta condição vem ao Paraná na próxima quinta-feira, dia 15, pedir apoio para a conquista de um novo mandato na presidência do partido, na convenção que será realizada no dia 11de março. Ele terá um encontro com filiados e militantes peemedebistas do Estado na sede do diretório estadual, em Curitiba, segundo informou a direção estadual do partido.

O Paraná tem a segunda bancada de deputados federais do País – são oito eleitos – e um colégio eleitoral significativo no universo peemedebista. Dos cerca de quinhentos delegados à convenção nacional, quarenta e oito são votos do Estado.

Mas o apoio do PMDB paranaense ainda não tem dono. Tanto pode ir para Temer como para o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, que pretende enfrentar o atual presidente na convenção. O diretório estadual definiu que sua estratégia na convenção é buscar um espaço para o PMDB do Paraná na executiva nacional. E a composição que vier a fazer será com este intuito.

A ambição do PMDB paranaense é a conquista da secretaria geral do partido, que faz a articulação com todos os estados onde o partido está organizado. O nome cogitado é o de um deputado federal. Rodrigo Rocha Loures, eleito para o primeiro mandato, é um dos nomes considerados para a função. Uma ala do PMDB do Paraná estava se articulando com a deputada Íris de Araújo (PMDB-GO), que viria ao Estado na próxima terça-feira, 13. A deputada era pré-candidata a presidente do partido, mas vai compor com Temer e cancelou a conversa que faria com os correligionários locais. Íris foi convidada a ser a candidata a vice-presidente na chapa de Temer.

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Jobim não entusiasma os peemedebistas do Paraná e Temer nunca foi muito próximo ao partido no Estado. Mas o PMDB tem planos para o governador Roberto Requião em 2010 e acha que o primeiro passo é ter assento especial na direção nacional. A secretaria geral é considerada o lugar certo para dar visibilidade ao Estado e à sua principal liderança, que pode vir a se tornar um pré-candidato à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Rodrigo Rocha Loures disse que na próxima segunda-feira, dia 12, ele e outros dirigentes e deputados do partido farão uma conversa informal com o governador sobre a sucessão no partido. 

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