O presidente Michel Temer começará a “vender” seu novo programa de infraestrutura no exterior no dia 21, quando terá encontro em Nova York com presidentes das principais empresas americanas. Além de falar dos projetos anunciados na terça-feira, 13, Temer também apresentará a agenda de reformas propostas por seu governo.

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A reunião com os executivos será seguida de almoço com analistas de mercado, diretores de bancos e representantes de agências de classificação de risco promovido pela Americas Society/Council of the Americas. Temer estará acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), José Serra (Relações Exteriores), Maurício Quintella (Transportes) e Fernando Bezerra (Minas e Energia), além de Moreira Franco, secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

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O novo embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, disse que o evento servirá para o governo apresentar suas iniciativas na área econômica, mas também escutar o setor empresarial americano.

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“Nós queremos atrair investimentos e ver se há mudanças que podemos fazer em nosso sistema regulatório para trazer esses investimentos, acredito que o Moreira Franco estará aberto a isso, se for compatível com a legislação brasileira”, disse Amaral na terça-feira, após participar de evento no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington.

ONU

Temer chega a Nova York no domingo, para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira. De acordo com a tradição, o brasileiro fará o discurso de abertura da reunião, que terá participação de líderes dos 193 países que compõem a ONU.

Segundo Amaral, os setores de energia e infraestrutura terão destaque nas relações econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos. Em sua avaliação, o relacionamento bilateral mudou com a posse do presidente Temer e o abandono do que ele classificou de uma política externa pautada por orientações ideológicas e partidárias.

Na mão contrária, os EUA já haviam alterado sua posição frente à América Latina, com nova ênfase no multilateralismo e no princípio da não ingerência, o que estaria refletido no restabelecimento dos laços diplomáticos com Cuba, observou. “A relação com os Estados Unidos foi sempre contaminada por uma ideia falsa, que é a de que (ela) só pode ser de adesão ou de resistência. A Guerra Fria acabou”, disse o embaixador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.