O presidente em exercício Michel Temer fará nesta segunda-feira, 23, visita ao Senado para pedir apoio à votação da nova meta fiscal – fixada com um rombo de R$ 170,5 bilhões. Será a primeira vez que Temer vai ao Congresso após a aprovação da abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

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Até este domingo, 22, não estava definido exatamente como se dará a visita de Temer: se ele será recebido no plenário ou apenas no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O PT promete constranger o presidente em exercício durante a visita. “Não reconhecemos a legitimidade do Temer. Para nós, ele chegou ao comando do País por meio de um golpe”, disse o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA). “Por tudo isso, dependendo como for essa visita dele, não descartamos recebê-lo com vaia.”

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A ida de Temer ao Senado foi divulgada pelo ministro do Planejamento, o senador licenciado Romero Jucá (PMDB-RR). A expectativa é de que haja poucos senadores circulando pela Casa, portanto a visita de Temer será mais simbólica e terá como objetivo dar um recado: de que a aprovação da meta fiscal é urgente. “A preocupação primeira é essa”, afirmou Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM no Senado.

Agora na base governista, o DEM promete sair em defesa de Temer e ressalta a importância do gesto do peemedebista. “É um gesto que cativa e estende a mão”, disse Caiado.

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A senadora Vanessa Graziottin (PC do B-AM) rebateu a tese de que, ao se aproximar do Congresso, Temer é diferente de Dilma. “Eles (aliados de Temer) têm razão em dizer que ele não é igual à Dilma. Ele é golpista e ela não. A máscara dele está caindo”, afirmou. A senadora lembrou que Dilma também previu um déficit e veio ao Parlamento em fevereiro na abertura do ano legislativo, mas ainda assim o Congresso não aceitou a proposta do governo petista.

Vanessa chamou de “conversa fiada” o discurso de que Temer terá uma nova relação com os parlamentares. Ela não prevê nenhum ato em protesto contra a presença de Temer na Casa, mas sim um discurso enfático em plenário da ala pró-Dilma contra o governo em exercício. “A posição será expressa no debate da matéria”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.