A exemplo do que fez no dia em que foi confirmado no cargo, o presidente Michel Temer planeja realizar na próxima segunda-feira uma reunião com todos os ministros do governo. A ideia de Temer é que os ministros apresentem “um mapa” mais completo das obras inacabadas que possam de fato ser retomadas.

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Apesar de tentar criar uma agenda positiva, o levantamento das obras inacabadas está com o cronograma atrasado. No fim de julho, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse após reunião com Temer que em 30 dias o governo já teria essa listagem com as obras que seriam priorizadas.

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A retomada da discussão é mais um gesto político de Temer ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem tido como uma das principais bandeiras a implantação de um debate sobre o tema. A reunião poderá acontecer uma semana após o presidente indicar Renan como condutor das discussões da proposta de repatriação no Congresso. Até então, a pauta estava sendo conduzida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

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Na véspera da votação do segundo turno da PEC do Teto na Câmara, Temer determinou ao ministro do Planejamento que acelerasse a liberação dos recursos para as obras localizadas, especialmente, em cidades do interior do País. O pleito principal é dos senadores, mas as obras também atendem deputados da base aliada. O governo pretende retomar e concluir 1.519 obras de infraestrutura que tenham demanda de recursos entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões, e que irão custar ao governo federal R$ 1,8 bilhão. A meta do governo é finalizar essas obras até 2018.

No Planejamento, técnicos alegam que a demora na produção da lista se deve à dificuldade de identificar qual o problema que paralisou cada obra. Construções que sofrem embargos judiciais, por exemplo, não devem ser retomadas. A prioridade é por obras pequenas, como creches, quadras esportivas e praças.

A comissão do Senado que analisaria os projetos das obras paradas também não foi instalada. O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) reclamou no fim de setembro que os líderes ainda não haviam indicado nomes para compor o grupo. Desde então, além dele, foram indicados cinco dos nove componentes: Humberto Costa (PT-PE), Telmário Mota (PDT-RR), Hélio José (PMDB-DF), Elmano Férrer (PTB-PI) e Roberto Muniz (PP-BA). Ainda faltam indicar representante PMDB, DEM e o bloco formado por PPS, PSB, PCdoB e Rede. A instalação da comissão ficou para depois do segundo turno das eleições por causa da ausência dos senadores, que foram fazer campanha em suas bases eleitorais.