O presidente da República, Michel Temer, fez um apelo aos parlamentares para que estejam na próxima sessão do Congresso, no dia 2, para que o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que o governo enviará com cerca de R$ 1,3 bilhão para honrar dívidas com os bancos Credit Suisse e BNDES seja aprovado. Temer disse ainda que as dívidas – feitas em contratos com a Venezuela e Moçambique – são de governos anteriores, mas que ele faz questão de honrar.

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“Eu quero aproveitar essa oportunidade para solicitar mais uma vez o apoio do Congresso Nacional para que no dia 2, que é uma quarta-feira, nós possamos ter presença a fim de votar um projeto de lei que trata de recursos financeiros a fim da União cumprir compromissos que são indispensáveis que sejam cumpridos neste período, que são compromissos assumidos no passado, portanto, não no nosso governo, mas que este governo tem que cumprir”, disse, em rápida coletiva de imprensa após cerimônia de entrega de Selo Nacional de Responsabilidade Social pelo Trabalho no Sistema Prisional, no Palácio do Planalto.

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Mais cedo, após uma reunião com o presidente e líderes da base, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, anunciou que o governo brasileiro terá que mexer no Orçamento para honrar dívidas de obras contratadas pela Venezuela e Moçambique. Sem detalhar se haverá novos recursos e como será feito um remanejamento do Orçamento, Marun disse que a dívida total é de cerca de R$ 1,5 bilhão e que o governo vai redigir um projeto com cerca de R$ 1,3 bilhão para que o fundo garantidor possa honrar o compromisso e cobrir o calote dado por Venezuela e Moçambique. “Nós temos que efetuar esses pagamentos até o dia 8 de maio. O Brasil dispõe dos recursos, mas não existe obviamente previsão orçamentária para tanto, até porque se trata de uma inadimplência desses dois países”, explicou. “Estamos avaliando no dia de hoje esse remanejamento, para que possamos ainda amanhã apresentar o PLN.”

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Eleições

O presidente evitou responder sobre eleições e disse apenas que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), que é pré-candidato ao governo de São Paulo, é um nome com chances. “Ele é um candidato forte, está com bons dados na pesquisa”, disse Temer, que recebeu Skaf nesta quinta no Planalto.

Diante de uma possível aproximação entre Temer e o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, por um acordo que reunifique o centro político, o nome de Skaf poderia perder força, já que o tucano João Doria também já se colocou na disputa.

Doria e Skaf lideram as pesquisas de intenção de voto. Nas conversas, duas opções estariam sendo avaliadas: que Skaf desista do governo para disputar o Senado na chapa encabeçada por Doria, ou que Doria abra mão em troca de ocupar uma pasta de Temer, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).