Ao lado da cúpula do PMDB, o vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira, 14, que a Operação Lava Jato abala a “tranquilidade institucional” do País. Questionado sobre as buscas e apreensões realizadas pela Polícia Federal em imóveis de senadores, de um deputado e de pessoas ligadas a eles, Temer tentou se esquivar, alegando a “delicadeza” do tema. “Não quero entrar neste assunto porque é um assunto extremamente delicado. Acho que temos que aguardar os acontecimentos”, afirmou o vice-presidente.

continua após a publicidade

Para Temer, os últimos acontecimentos abalam a “natural tranquilidade” do País, o que ele não considera positivo. “Temos que buscar no País uma certa tranquilidade institucional porque estas coisas todas estão, digamos assim, abalando um pouco a natural tranquilidade que sempre permeou a atividade do povo brasileiro”.

O vice-presidente disse ainda que as operações não deveriam “impressionar” a população. “Não temos que nos impressionar com estes atos e levar adiante a ideia de uma grande pacificação nacional”.

Para Temer, o clima de instabilidade não é causado apenas pela Lava Jato. “Sinto que há um clima de certa discordância que não é útil para o País nem é muito fruto, digamos assim, do espírito do brasileiro. Precisamos buscar uma concórdia de todos os brasileiros”, afirmou.

continua após a publicidade

Mais cedo, ao chegar à Câmara, Temer foi questionado sobre a crise política e econômica protagonizada pela presidente Dilma Rousseff. Respondeu apenas com um “vai melhorar” e um sorriso, encerrando a conversa.

Ao ser perguntado sobre a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidente Dilma de que “as coisas vão ficar piores”, Temer não respondeu. “Agora pergunta aqui para o Moreira Franco”, disse, apontando para o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB.

continua após a publicidade