O presidente Michel Temer aproveitou o discurso do lançamento do Refrota 17, no Palácio do Planalto, para explicar novamente por que enviou uma carta ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, para pedir celeridade nas delações premiadas e homologações e disse que é preciso que essas acusações venham à luz.
“Há conflitos, há problemas do País? Há. E não sem razão que pedi ontem que as questões acusatórias venham à luz. Estamos na primeira fase da chamada acusação. Há um longo processo. Não podemos deixar que isso paralise o País”, disse. O presidente voltou a falar em coragem para governar e disse que é preciso “seguir adiante”.
“Convenhamos que estamos enfrentando muitas adversidades. Estamos enfrentado a adversidade para obter o verso. O verso será o crescimento do País e a compreensão daquilo que estamos fazendo”, afirmou. Citado no acordo de delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, Temer encaminhou nesta segunda-feira a Janot uma carta em que alega que o “fracionamento da ilegítima divulgação das supostas colaborações premiadas” vem provocando “interferência” na condução das políticas públicas, acirrando as crises econômica e política e gerando clima de “desconfiança e incerteza” por obstruir ações do governo. Temer pediu ainda “celeridade” na conclusão das investigações em andamento e disse que as delações devem ser divulgadas “o quanto antes” e “por completo”.