O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), fez hoje uma defesa veemente pela manutenção do ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), no cargo, mesmo após as denúncias de irregularidades na Pasta. “O ministro Pedro Novais não tem uma mácula na sua gestão. O que aconteceu não foi na gestão dele e seria uma injustiça, neste momento, pensar em tirá-lo”, afirmou Temer, após participar de cerimônia para a liberação de recursos para a saúde em Araraquara (SP).

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O vice-presidente salientou, no entanto, que a decisão pela manutenção ou não de Novais no cargo é da presidente Dilma Rousseff (PT). “Não cabe ao partido dizer o que fazer e o que não fazer”. O vice-presidente evitou comentar as denúncias de uso de aviões privados por políticos e desconversou também quando questionado se estava satisfeito com a “faxina” realizada nos ministérios pela presidente.

“Como disse a presidenta, vamos continuar a faxina contra a miséria”, afirmou Temer, em referência à frase dita pela presidente recentemente em São José do Rio Preto (SP). Já sobre o jantar que reuniu senadores e deputados do PMDB com Dilma, o vice-presidente contou que o encontro foi “um fator de unidade extraordinário” para a legenda.

Temer comentou também o encontro entre o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) e o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, em São Paulo. Segundo o vice-presidente, Chalita foi incentivado por Lula a ser candidato à sucessão do prefeito Gilberto Kassab na capital paulista. Ao ser indagado sobre a possibilidade de o PMDB abrir mão de lançar candidato em favor de um nome do PT, Temer falou: “A candidatura é do Chalita”.

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Presente no evento, o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, considerou o encontro entre Chalita e Lula “um gesto importante” para a manutenção do diálogo entre seu partido e o PMDB no Estado. Edinho ratificou a posição de Temer e disse que na avaliação da legenda, Chalita será candidato à Prefeitura da capital paulista.