O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), avaliou nesta terça-feira, 8, que a equalização orçamentária para evitar o déficit estimado em R$ 30,5 bilhões em 2016 passa, primeiramente, pelo corte de despesas. Para ele, aumentos de impostos só ocorrerão em última hipótese, inicialmente descartável, segundo ele. “As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas; isso que a sociedade quer”, disse Temer. “Aumento de impostos só em última hipótese; última hipótese descartável desde já”, completou.

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Temer rebateu a fala da presidente Dilma Rousseff, feita nesta segunda-feira, 7, pelas redes sociais, de que seriam necessários remédios amargos para combater a crise, e classificou o reajuste de tributos como um exemplo. “Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa”, disse Temer, ao sair da Vice-Presidência para um jantar com governadores, ministros e lideranças do PMDB no Palácio do Jaburu. “Vou ouvir governadores do PMDB e trarei sugestões para a presidente”.

No entanto, Temer concorda que o aumento da alíquota da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, avaliada pelo governo para recompor o caixa, é uma medida que ajudaria a União e Estados, os quais passam por dificuldades financeiras. Temer disse ter ficado “impressionado” com a argumentação do ex-ministro da Fazenda Delfim Netto sobre a ampliação da Cide, justamente por gerar receita para Estados e a União.

Antes de deixar a sede da Vice-Presidência para o jantar, Temer teve uma rápida reunião, de 20 minutos, com Dilma no Palácio do Planalto na qual, segundo ele, ambos reexaminaram a pauta da semana. O vice-presidente negou ainda que tenha retornado para o varejo da articulação política, apesar de hoje, durante a tarde, ter realizado encontro com líderes da Câmara para tratar da pauta da semana. “Eu estou fazendo a macrocoordenação política e nada mais que isso”, concluiu.

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No jantar, Temer recebe ministros e seis dos sete governadores do PMDB, além dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), e dos líderes do partido nas duas casas, respectivamente o deputado federal Leonardo Picciani (RJ) e o senador Eunício Oliveira (CE). Participam do encontro os governadores peemedebistas Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro; José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul; Paulo Hartung, do Espírito Santo; Renan Filho, de Alagoas; Marcelo Miranda, de Tocantins, e Confúcio Moura, de Sergipe.

Apenas o governador de Sergipe, Jackson Barreto, que está em licença médica após sofrer uma cirurgia, não participará do jantar.

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