Um dia após comunicar a presidente Dilma Rousseff que deixaria o “varejo” da articulação política, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta terça-feira (25), que entrou numa “segunda fase” da coordenação política e negou que essa decisão abriria caminho para um eventual pedido de impeachment da petista.

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“É falso, é absolutamente falso (essa ideia). Eu sempre tenho dito e repetido ao longo do tempo que qualquer hipótese de impeachment é impensável”, disse. Segundo o vice-presidente, passada a fase do ajuste fiscal, na qual o governo obteve “vitórias necessárias” nas votações do Congresso, ele decidiu deixar de cuidar da negociação de cargos e emendas parlamentares e se dedicar à “macropolítica” e aos “grandes temas” estratégicos.

“Na verdade, nós vamos continuar trabalhando pela coordenação econômica, social e política do nosso País. Eu continuo na articulação, formatada dessa outra maneira”, disse.

Sobre o apelo da presidente para que ele ficasse à frente dessa função, Temer afirmou que Dilma entendeu a sua decisão. “Ela fez um pedido, naturalmente enalteceu gentilmente a minha colaboração nessa primeira fase, mas concordou plenamente que nós estamos numa segunda fase e, portanto, eu devo exercitar uma outra espécie de atividade, ainda na coordenação política”, disse.

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O vice-presidente reconheceu ainda que houve pressão do PMDB para que ele deixasse totalmente o cargo. “Mas eu entendi que eu não posso, tendo responsabilidade com o País, não posso deixá-la de vez”, afirmou.

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