O vice-presidente da República, Michel Temer, deixou nesta sexta-feira, 15, Brasília e seguiu em direção a São Paulo onde deve acompanhar as discussões em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para ser votado no plenário da Câmara neste domingo.

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De acordo com assessoria do vice, não há previsão de agenda pública para este sábado nem para domingo. Um possível pronunciamento sobre o resultado da votação pode, no entanto, ocorrer na próxima segunda-feira, 18, após a votação do processo de afastamento da petista.

No dia de hoje, o vice recebeu integrantes da bancada do Solidariedade, partido de oposição ao governo Dilma. O encontro ocorreu no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Além do grupo opositor, Temer também se reuniu com integrantes do PMDB que faz parte do núcleo mais próximo do grupo do vice. No Palácio estiveram o ex-ministro Henrique Eduardo Alves e o primeiro secretário do PMDB, Geddel Vieira Lima.

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Geddel ressaltou que nos encontros realizados com lideranças partidárias Temer tem apenas assegurado que haverá espaços num futuro governo, mas ainda não definiu como será a distribuição dos ministérios.

“Ele já tem um desenho formado na cabeça, mas não está tratando disso. Seria muito precipitado”, afirmou Geddel Vieira Lima.

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Integrantes do partido, que também têm frequentado o Palácio do Jaburu dizem que têm orientado Temer a não dar início às negociações antes do desfecho do processo de impeachment no Senado. “Não é momento para tratar do assunto. Começaria a criar vários ruídos entre os partidos que irão compor o governo do Michel”, avaliou um integrante da cúpula do PMDB do Senado.

No início da noite, o ex-deputado Alexandre Santos (PMDB-RJ), citado nas investigações da Lava Jato, também esteve no Palácio do Jaburu, mas foi informado, na porta, pela segurança, de que Temer não estava mais no local.