A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) avaliou que o clima de apreensão no Congresso é maior em relação ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que doações eleitorais podem ser propina do que com a quebra de sigilo das delações da Odebrecht. Uma das maiores preocupações seria a possibilidade de políticos serem acusados de corrupção pelo recebimento de quantias repassadas pelos partidos. “Estamos em período pré-eleitoral. Qualquer nome sendo citado, ainda que não tenha absolutamente nada comprovado, será afetado”, comentou.
Os senadores buscam agora algum tipo de proteção para aqueles que receberam dinheiro por meio de caixa 1. “Tenho visto mais essa preocupação, mas ninguém me procura para falar sobre isso porque não dou abertura”, disse. Ela admitiu que ainda há uma movimentação nas duas Casas para encontrar maneiras de anistiar a prática do caixa 2 de forma retroativa, porém não acredita que a iniciativa seja viável por questões jurídicas. “O Congresso tem o poder de conceder anistia daqui para frente, mas não vejo como retroagir essa lei”, opinou Simone.