TC aprova as contas de Requião

As contas do governo estadual referentes ao exercício de 2004 foram aprovadas por unanimidade pelos conselheiros do Tribunal de Contas (TC) do Estado, na sessão da última terça-feira. O relator, conselheiro Artagão de Mattos Leão, elogiou a execução do orçamento, que atingiu 95% das metas fixadas pelo Executivo. Para o conselheiro, o governador Roberto Requião administrou o Paraná com "mãos firmes" no ano que passou.

O que mais chamou a atenção na análise das contas, segundo Mattos Leão, foi a evolução patrimonial do Estado, que foi de R$ 1,8 bilhão, correspondente a 15% de suas receitas totais. A evolução patrimonial de 2004 foi 40% superior à obtida no ano anterior, informou o conselheiro.

Outro destaque, aprovado com louvor, foi o superávit de quase R$ 350 milhões. Conforme parecer do tribunal, o Estado arrecadou R$ 12,2 bilhões e gastou R$ 11,8 bilhões, gerando um superávit de R$ 341 milhões. O TC ainda concluiu que o governo gastou muito pouco com propaganda: R$ 48,5 milhões, que representaram 0,28% de seu gasto total. E ainda um terço desse valor foi aplicado na divulgação de informações oficiais.

Racionalidade

Para o secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Reinhold Stephanes, a aprovação das contas do governo é resultado de um conjunto de medidas que vêm sendo adotadas. "O Planejamento definiu claramente as decisões sobre as ações que o governo deveria executar e colocou-as em prática", disse. Essa estratégia, de acordo com o secretário, priorizou a racionalidade na gestão dos recursos públicos e a obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Stephanes lembra que, semanalmente, o governador reúne os representantes das secretarias da Fazenda, da Administração e do Planejamento para discutir ações conjuntas, sempre priorizando a boa administração dos recursos públicos e o cumprimento da LRF. Destacou ainda o trabalho do Conselho Revisor, que acompanha o andamento das ações prioritárias da administração.

"Apesar das dificuldades existentes na execução de um orçamento tão amplo quanto o do governo do Estado, como a limitação de recursos e a burocracia, esse conjunto de procedimentos teve reflexos positivos, o que se comprova pelo parecer favorável do Tribunal de Contas", arremata o secretário.

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