Os tucanos que apostam na candidatura do senador Osmar Dias ao governo têm agora no presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, uma nova esperança para salvar a aliança entre PSDB e PDT no Paraná. Na volta de uma rodada de conversas em Brasília, realizada anteontem com a cúpula tucana, a bancada federal e os senadores Álvaro e Osmar Dias, o líder da bancada estadual do PSDB, Ademar Traiano, anunciou que Jereissati já está conversando com a direção nacional do PDT para integrar o partido ao leque de apoios ao pré-candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin.
Traiano afirmou que Jereissati acredita que tem chances de levar o PDT para o palanque do pré-candidato tucano. Segundo o líder da bancada, que participou das conversas acompanhando o presidente estadual do partido, deputado Valdir Rossoni, as negociações entre pedetistas e tucanos são promissoras. "O presidente do nosso partido acha que tem condições de fazer um bom trabalho com o PDT", afirmou.
Rossoni e Traiano lideram uma ala do partido, que garantem ser majoritária, avessa à hipótese de uma aliança com o PMDB no Paraná e que vêem na candidatura do senador Osmar Dias a saída para afastar essa possibilidade que atemoriza, sobretudo, os deputados candidatos à reeleição à Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados. Os pré-candidatos à acham que a chapa proporcional do PMDB eleva o patamar de votos necessários para eleger deputados estaduais e federais.
Conforme relatou Traiano, o presidente nacional do PSDB ouviu do senador Alvaro Dias e dos deputados federais do partido, Gustavo Fruet, Luiz Carlos Hauly e Affonso Camargo, que não concordam em se aliar ao PMDB e apoiar a reeleição do governador Roberto Requião (PMDB). "Isto foi colocado com clareza e por unanimidade", afirmou o líder da bancada.
Traiano afirmou que ele e Rossoni defenderam a mesma tese, mas que não deixaram de mencionar que existe um grupo no partido, liderado pelo presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, que vê na aliança com Requião a oportunidade de montar um palanque firme para Alckmin no Paraná. "Nós expusemos as posições de todos", disse o líder da bancada.
Unificação
O principal argumento dos tucanos pró-Osmar contra a aproximação com o PMDB é que Requião dividiria o partido. "Nós mostramos ao Alckmin e ao presidente do partido que o Osmar unifica o partido no nosso estado em torno do palanque do candidato a presidente do partido. Isso não aconteceria com o Requião", afirmou Traiano.
Rossoni e Traiano também mantiveram um encontro com o senador Osmar Dias. "Ele continua como o nosso candidato", resumiu o líder da bancada, que não revelou pormenores da conversa com o senador.
Osmar, por sua vez, vem a Curitiba durante a semana para gravar o programa do partido que será exibido no dia 8 de maio, no horário gratuito reservado pela Justiça Eleitoral nas emissoras de rádio e televisão. Ele disse ao vice-presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, que irá aparecer no programa com porte e discurso de candidato ao governo. A expectativa dos pedetistas é que até a exibição do programa, o PDT nacional já tenha definido se lança ou não candidato à sucessão presidencial.
