Tasso nega tentativa de agradar eleitorado de Lula

O senador Tasso Jereissati rebateu hoje, em Fortaleza, a análise feita pelo presidente nacional do PT, Eduardo Dutra, de que o pré-candidato tucano, José Serra, estaria elogiando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fingindo uma imagem de paz e amor para agradar o eleitorado. “O presidente do PT deveria se preocupar mais com a agressividade, com o aspecto rancoroso da sua candidata do que com a paz e o amor do nosso Serrinha”, disse Tasso em tom bem humorado.

A declaração foi dada, de amanhã, antes do senador cearense se reunir com lideranças tucanas com o objetivo de traçar a estratégia de campanha de José Serra no Ceará. “Dizem que Serra não gosta do Nordeste. E dizem até que eu não me dou bem com ele. É verdade que eu não o acho bonito e nem cheiroso, mas na época em que ele foi ministro do Planejamento ele ajudou a fazer o(açude) Castanhão”, afirmou Tasso, acrescentando outras obras feitas no Ceará com verba liberada quando Serra era ministro de Fernando Henrique Cardoso.

Tasso tentou demonstrar empenho em fazer com que Serra obtenha mais votos que a pré-candidata petista Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de outubro. Para isso, ele está elaborando uma estratégia que prevê a visita de Serra pelo menos cinco vezes ao Estado.

Durante o encontro, Tasso foi cobrado para que o partido lançasse candidato próprio para disputar o governo cearense com Cid Gomes (PSB), que deve ser candidato a reeleição. “Se houver uma convergência ao redor de lançarmos um candidato próprio para ir à luta e marcarmos posição, eu vou junto. Se não houver, a gente precisa ver qual é a alternativa que se deve tomar”, ponderou. Mas, segundo Tasso, pesquisas internas mostraram não ser esta uma boa opção.

Ciro

Tasso também criticou a falta de apoio de Lula para viabilizar a candidatura de Ciro Gomes (PSB) à Presidência. “O que se fez com um aliado da categoria de um político como o Ciro realmente mostra do que o PT é capaz de fazer com seus aliados quando quer uma coisa. Acho que ele foi usado e agora está sendo jogado fora porque não interessa”, avaliou.

Segundo o senador tucano, o pessebista passa pelo momento mais difícil de sua vida política. “É de uma perversidade que não tem tamanho”, afirmou.

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