O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, vai conversar com o senador Osmar Dias (PDT) no final da próxima semana para saber se o pedetista mantém ou não sua candidatura ao governo do Estado. Este foi o resultado da reunião realizada ontem, em Brasília, entre Jereissati, o senador Alvaro Dias, o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Valdir Rossoni, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e os deputados federais do partido. Osmar fará uma safenectomia (retirada das safenas das pernas) no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A previsão é que ele permaneça na capital paulista nos próximos dez dias para se recuperar. Neste período, será marcada a conversa com Jereissati.
A decisão de Brasília confirma a posição que os tucanos do Paraná haviam aprovado anteontem, em Curitiba. O presidente estadual do PSDB afirmou que também já está decidido que, caso o senador pedetista desista de concorrer ao Palácio Iguaçu, o partido irá lançar um candidato próprio ao governo. O nome é o do deputado federal Gustavo Fruet, que embora tenha resistido inicialmente à idéia, comprometeu-se na conversa de ontem a atender à convocação do partido, se for chamado a disputar o governo. "Ele nos disse que aceita a candidatura se for chamado", afirmou Rossoni.
Conforme o relato de Rossoni, no encontro com Jereissati foi descartada a possibilidade de coligação com o PMDB que o presidente estadual tucano havia admitido na semana passada. Rossoni afirmou que diante do fato de que não houve nenhuma manifestação do governador Roberto Requião (PMDB) sinalizando que poderia apoiar o pré-candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, não existe brecha para o PSDB conversar com o PMDB, conforme defende uma ala do partido.
Em bloco
Antes da reunião com Jereissati, os tucanos do Paraná se reuniram com os presidentes estaduais do PFL, deputado federal Abelardo Lupion, e do PP, Dilceu Sperafico. Segundo Sperafico, as opções para candidaturas ao governo incluem, além de Gustavo, alguns nomes do PP, como a deputada estadual Cida Borghetti, o deputado federal Ricardo Barros, e ainda outra possibilidade que for apresentada pelo PFL.
Segundo Rossoni, mesmo que Osmar não concorra ao governo, existem todas as possibilidades de o partido estar na coligação com o PSDB. "O senador já disse que irá apoiar o nosso candidato ao governo", afirmou o dirigente tucano.
