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Foto: Agência Brasil

Tarso Genro: ministro não conta com o ?terceiro turno?.

O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse ontem, em entrevista no Palácio do Planalto, que um ou dois dias após as eleições o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve procurar os partidos aliados para orientar a formação de um governo de coalizão e discutir um programa mínimo. Isso incluiria crescimento igual ou superior a 5% em 2007.

?Se o presidente Lula ganhar, como tudo está a indicar, as forças políticas democráticas vão sentar para conversar sobre esse tema (coalizão). O terceiro turno parece ser uma estratégia política minoritária da oposição, com viés autoritário, que não quer reconhecer resultados eleitorais?, alfinetou. ?Mas o principal líder dessa corrente está aposentado. Possivelmente ele não tenha muita influência?, completou. Tarso não quis dizer explicitamente a quem se referia.

Para o ministro, Lula tem mais condições de articular uma grande coalizão política de forças ?para renovar o sistema político brasileiro?. Apesar do acirramento das discussões na reta final da campanha eleitoral, ele diz que a oposição será procurada para assegurar a governabilidade de um segundo mandato do presidente Lula. Sobre o ministério, Tarso frisou que só o presidente trata do assunto. E não disse se haverá mudanças este ano.

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Na entrevista no Planalto, o ministro de Relações Institucionais afirmou que ?tudo indica que o quadro eleitoral está relativamente consolidado?. Ele não acredita que uma nova denúncia possa alterar o quadro eleitoral, mas ponderou que sua avaliação é apenas ?uma fotografia?.

?As perspectivas são boas para nós, mas a eleição se vence é no domingo?, salientou. O ministro afirmou que o governador eleito da Bahia, Jaques Wagner (PT), não quis exaltar a mentira quando admitiu, na segunda-feira, que os petistas acusados de tentar comprar o dossiê Vedoin podem estar mentindo em seus depoimentos, mesmo causando desgaste à campanha de Lula. Na ocasião, Wagner afirmou: ?Ao réu é dado o direito de mentir, então não acho que o réu petista seja diferente.?

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Para Tarso, Wagner não falou nada de novo. ?Ele disse o que qualquer jurista diria: que um réu não tem a obrigação de se incriminar, tanto é verdade que não presta juramento. Isso não é para petista, é para qualquer réu. O Jaques não fez qualquer defesa da mentira, apenas disse que as coisas não avançaram porque o réu não é obrigado a se incriminar.? À noite, o governador eleito da Bahia divulgou uma nota com o mesmo teor do argumento de Tarso.