O ministro da Justiça, Tarso Genro, avaliou hoje que a utilização de métodos de confronto direto só é justificável em regimes autoritários, quando “os meios de luta são para corresponder ao regime”. “No Estado Democrático, a pressão, a persuasão e a negociação são mais eficazes”, comparou, ao comentar a mudança de estratégia indicada pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, nas formas de ação do grupo. “Acho que João Pedro (Stédile) tem razão”, afirmou Tarso, que participou de seminário sobre Metrópoles Solidárias, uma atividade paralela do Fórum Social Mundial Grande Porto Alegre.

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O líder do MST afirmou, em entrevista ao jornal “Zero Hora”, que “hoje, a ocupação de terras não soma aliados” e, portanto, “não interessa mais”, disse Stédile. Para ele, o movimento procura outras alternativas para conquistar aliados e, a que se mostra mais compatível, é uma aliança com trabalhadores das cidades. “Nos anos 1970 e 1980 bastava ocupar terras e se conseguia apoios que resultavam em pressão política”, analisou Stédile.

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