O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje esperar que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Assembleia gaúcha para investigar denúncias contra o governo de Yeda Crusius (PSDB) não radicalize o debate eleitoral no Estado. O pedido de instalação da CPI foi aprovado hoje pelo presidente da Assembleia, deputado Ivar Pavan (PT). Tarso argumentou que o governo federal enfrentou uma CPI e “tudo foi tratado dentro do debate político”. Também avaliou que o mesmo ocorreu durante CPI instalada no governo Olívio Dutra, do PT, no Rio Grande do Sul (1999-2002).
“As CPIs não são estruturas de desorganização política”, afirmou. “Elas são, na verdade, instrumentos de investigação e não devem ser consideradas um apenamento preliminar a quem quer que seja”, defendeu, após participar de evento para divulgar o projeto Farol, lançado pelo Ministério da Justiça e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, voltado para jovens entre 15 e 24 anos.
A CPI foi proposta por partidos de oposição e ganhou a adesão de deputados da base aliada depois que o Ministério Público Federal moveu ação de improbidade administrativa, na semana passada, contra a governadora Yeda Crusius e mais oito pessoas.