A simples indicação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá pela extradição do ex-militante Cesare Battisti para a Itália precipitou ontem reações do governo. Irritado, o ministro da Justiça, Tarso Genro, criticou duramente o voto de Cezar Peluso, relator do processo de extradição. O ataque não ficou sem resposta. O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que o Supremo terá a última palavra no caso.
Tarso disse que o ex-integrante do movimento Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) é um preso político ilegal no Brasil e sua extradição provocaria uma crise entre Poderes. Para ele, o voto de Peluso foi equivocado, ideológico e tendencioso.
“Acho que seu voto é equivocado. Parte de juízos puramente ideológicos a respeito, inclusive, da natureza do meu despacho”, afirmou. “Foi um voto tendencioso na medida em que ele inclusive deu tonalidades e pesos diferentes para os argumentos que usei no meu despacho.”
