Taniguchi responde denúncias de caixa 2 em campanha eleitoral

Foto: Lucimar do Carmo
O ex-prefeito diz não conhecer a empresária Sílvia Pfeiffer.

Brasília – O secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, Cássio Taniguchi, enviou resposta oficial ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Apagão Aéreo do Senado Federal, Demóstenes Torres (DEM-GO), rebatendo as denúncias da empresária paranaense, Sílvia Pfeiffer. O documento, recebido pela CPI no dia 6 de junho, nega a existência de caixa 2 na campanha de Taniguchi para a prefeitura de Curitiba (PR) no ano de 2000.

Ela acusava o secretário de ter recebido dinheiro para caixa 2 por meio do sócio da empresária, Carlos Carvalho. Pfeiffer afirmou que seu sócio fazia arrecadação para a campanha de Taniguchi, que foi prefeito de Curitiba por dois períodos: de 1997 a 2000, e de 2001 a 2004. Carvalho ocupou o cargo de Secretaria de Finanças da Prefeitura de Curitiba, na gestão de Cássio Taniguchi (DEM).

No documento enviado ao relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), Taniguchi afirma que não conhece Sílvia nem a empresa Aeromídia. Também diz que a denúncia de caixa 2 em sua campanha, em 2000, já foi apurada e arquivada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

?A existência de um suposto caixa 2 na minha campanha eleitoral de 2000, objeto de investigação por parte do Tribunal Superior Eleitoral, foi um fato devidamente investigado, julgado e arquivado pelo TSE, quando restou comprovada minha inocência e a absoluta regularidade em minha prestação de contas?, registra o texto. Taniguchi também chama atenção para a data dos fatos relatados pela empresária em seu depoimento à CPI, que considerou ?improcedente?.

?A propósito da denúncia de caixa 2, importa notar a cronologia absolutamente improcedente apresentada pela sra. Sílvia Pfeiffer. Senão, vejamos. Se as eleições foram realizadas no ano de 2000, como poderia a empresa Aeromídia, na pessoa do Sr. Carlos Alberto de Carvalho, tratar de doações e/ou contribuição de campanha antes mesmo de se tornar sócio da referida empresa em 2001?, segundo o documento, ao citar a reportagem que publicou as denúncias.

A matéria a que se refere o documento, é da revista IstoÉ, na qual Sílvia deu entrevista denunciando o que classificava de "esquemas de favorecimento" ligados veiculação de publicidade e a obras de aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Por meio do documento, Taniguchi confirma que Carvalho ocupou cargos no primeiro escalão do seu governo durante sua gestão na prefeitura de Curitiba, mas ele nunca trabalhou nas suas campanhas eleitorais. O secretário também afirma que a empresa Aeromídia nunca prestou serviços para a Prefeitura Municipal de Curitiba, nem para suas campanhas eleitorais.

O secretário diz ainda no documento que apresentou queixa-crime contra a Sílvia e também um documento anexo contendo investigações crimes cometidos pela empresária em Curitiba, como, por exemplo, ?envolvimento com quadrilha responsável pela emissão de CPFs falsos, prática de estelionato e calote junto aos comerciantes da capital. No final do documento, Taniguchi se coloca à disposição da CPI para prestar esclarecimentos que os senadores acharem necessários.

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