Após um primeiro turno surpreendente, a disputa pela prefeitura de Curitiba chega hoje ao fim com um cenário de indefinição. De azarão, com 5% das intenções de voto no início da campanha, o ex-vereador e deputado estadual Ney Leprevost (PSD) desafia o favoritismo do ex-governador Rafael Greca (PMN), candidato apoiado pelo governador Beto Richa (PSDB).
Pesquisa Ibope divulgada em 21 de outubro mostrou o candidato do PSD com 53% das intenções de votos válidos, contra 47% do candidato do PMN. Considerando a margem de erro de três pontos porcentuais, o cenário mostra empate técnico.
Greca chegou a ter vantagem de quase 30 pontos durante a campanha no primeiro turno, mas caiu após uma declaração sua sobre ter vomitado por causa do “cheiro de pobre” ser divulgada. Ainda assim, foi o mais votado, com 38,38% dos votos válidos.
Leprevost, que tem como principal cabo eleitoral o colega de legenda Ratinho Junior, filho do apresentador Ratinho, teve 23,66% dos votos, superando o atual prefeito e candidato à reeleição Gustavo Fruet (PDT), que até então aparecia à frente.
Segundo turno
A campanha de Greca e Leprevost no segundo turno foi marcada por acusações envolvendo a formação acadêmica dos candidatos. O ex-governador explorou a falta de experiência do deputado em cargos no Executivo para se dizer mais preparado e questionou a graduação do rival como administrador.
Leprevost é formado pela Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) na modalidade de ensino à distância. A instituição, porém, havia sido descredenciada pelo Ministério da Educação (MEC) quando o candidato se formou, em 2011.
Já Greca sofreu ataques por se intitular urbanista em sua biografia. O candidato, que é arquiteto por formação, chegou a ser proibido de usar o termo pela Justiça Eleitoral durante a campanha no primeiro turno, mas conseguiu reverter a decisão posteriormente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.