O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito para investigar o deputado federal José Mentor (PT-SP). O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal no início de junho. No dia 7, o ministro Cezar Peluso determinou que a Polícia Federal realize diligências para apurar se o parlamentar cometeu crime contra a administração pública e corrupção passiva.
A Corregedoria da Câmara também investiga o deputado. Mentor deverá prestar esclarecimentos sobre a representação encaminhada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Cesar Rebello Pinho. A representação baseia-se no depoimento do doleiro Richard Andrew Otterloo, que disse ter pago R$ 300 mil a Mentor para que seu nome não fosse incluído no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, da qual o deputado era relator.
Após as declarações de Otterloo ao procurador, o parlamentar divulgou uma nota afirmando que não recebeu propina e não protegeu ninguém na CPMI do Banestado. A representação contra o deputado de Rebello Pinho chegou à Mesa da Câmara em abril, na época do julgamento em plenário que absolveu Mentor por envolvimento nas denúncias do esquema de arrecadação ilícita que ficou conhecido como "mensalão".