O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) não quis tomar uma posição sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de deixar para as eleições municipais de 2012 a aplicação da Lei da Ficha Limpa. “É preciso respeitar os argumentos daqueles que avaliaram que a lei só poderá valer no ano seguinte ao da promulgação”, disse hoje, dia 26, o senador, antes de seminário estadual realizado pelo PT na capital paulista.
Suplicy acredita que, com a anulação dos efeitos da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010, Marinor Brito, do PSOL do Pará, e Gilvam Borges, do PMDB do Amapá, devem perder suas cadeiras para a entrada de Jáder Barbalho (PMDB-PA) e João Capiberibe (PSB-AP).
O senador criticou sutilmente o prefeito Gilberto Kassab, que anunciou sua saída do DEM e a criação do Partido Social Democrático (PSD). “Eu sempre defendo a fidelidade partidária”, afirmou. “O político deve permanecer no partido até o fim de seu mandato e aí então pode resolver fundar seu partido.”
Suplicy afirmou não saber ainda se Kassab poderá ser aliado ou opositor ao governo da presidente Dilma Rousseff. “Ainda não dá para saber o que ele vai passar a defender”, disse, lembrando que sempre teve “uma relação de respeito” com Kassab. “Sempre tenho dialogado com ele sobre assuntos de São Paulo”, afirmou.