Em vez de reduzir os custos, como prometeu o presidente José Sarney (PMDB-AP), o Senado aumentou sua previsão de despesa para o ano que vem em mais R$ 10 milhões. A contradição foi apontada hoje, no plenário, pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Ele lembrou que Sarney, no último dia 18, anunciou que a redução de assessorias, diretorias e chefias da Casa proposta pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) resultaria numa redução de custos de R$ 376,4 milhões.
Ao comparar dados do Senado e da Câmara previstos no Orçamento 2010, o senador petista constatou que as duas Casas atuaram de forma oposta. Para 2010, os gastos do Senado no Orçamento aumentaram de R$ 2,74 bilhões para R$ 2,75 bilhões, enquanto que Câmara reduziu sua despesa de R$ 3,53 bilhões para R$ 3,40 bilhões.
“Ou seja, enquanto o orçamento da Câmara pressupõe uma redução de R$ 130 milhões de 2009 para 2010, a proposta do Senado embute um aumento de R$ 10 milhões para o ano que vem”, destacou Suplicy. O presidente do Senado ficou de responder às perguntas feitas por ele somente na semana que vem.
