O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio de Souza, enviou ofício ontem, 19, à Assembleia Legislativa, solicitando que seja marcada a data de seu depoimento na Comissão de Fiscalização sobre a venda das ações dos terminais portuários Ponta do Félix pertencentes à Previ a caixa de previdência do Banco do Brasil.
Souza, o presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Copel, Marlus Gaio, e o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, tiveram convocação aprovada pela comissão, anteontem, após o depoimento do ex-presidente da Fundação Copel, Edilson Bertholdo.
Os deputados querem saber de Souza as razões que levaram à Appa a não apresentar a proposta de compra da parte da Previ. No depoimento de Bertholdo, a Appa também foi acusada de prejudicar o funcionamento dos terminais, provocando queda no valor das ações. Souza disse à agência de notícias do governo que o tema tem sido “colocado a público de forma equivocada” e que pretende esclarecer o papel da Appa no processo.
Ele acha que há confusão sobre a relação entre os sócios do terminal e sua relação com a Appa, que privatizou o terminal no governo Lerner. Souza disse que, depois da determinação do governador para uma negociação conjunta entre Appa e Fundação Copel, no dia 27 de outubro, ele se reuniu com a direção da Previ, no Rio, no dia 3 deste mês, para manifestar interesse na aquisição das ações.
Mas que após essa reunião, foi surpreendido com a informação de que a Fundação Copel já havia aberto mão de exercer o direito de preferência, em ofício enviado à Previ, no dia 29 de outubro.