O candidato ao governo pela coligação Novo Paraná, Beto Richa (PSDB), anunciou ontem que pretende criar uma Secretaria para tratar especificamente dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

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Beto já implantou essa secretaria na prefeitura de Curitiba no dia da despedida do cargo, em abril. A proposta foi defendida pelo candidato a vice-governador, senador Flávio Arns (PSDB), que atua junto às Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Apaes) e que, nesta campanha eleitoral, está levando as propostas da chapa a este setor.

Arns disse que já conversou com o candidato a presidente da República, José Serra (PSDB), para que, no plano nacional, crie também um ministério para articular as políticas públicas destinadas a facilitar a vida para os deficientes físicos.

Arns afirmou que a secretaria tem o apoio das entidades do terceiro setor, as organizações não governamentais que atuam em diversas áreas, como educação e saúde.

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Arns citou que, conforme as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Paraná tem cerca de um milhão de cidadãos portadores de deficiência física, o correspondente a 10% da população do estado.

“No Brasil, esse número pode chegar a trinta milhões e que precisam de um trabalho muito forte do poder público que deve articular as ações”, disse o senador.

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Arns afirmou que a implantação da Secretaria é parte de um conjunto de ações que possam transformar o Paraná em um estado com acessibilidade. “Ao fazermos isso, faremos uma revolução porque a acessibilidade não beneficia apenas quem tem uma deficiência física crônica. Mas também vai ajudar idosos, grávidas e todo o cidadão que precisa de condições especiais de locomoção”, afirmou.

A assessoria de Beto divulgou números que justificam a medida. Enquanto a taxa de alfabetização de pessoas sem deficiência com mais de 15 anos chega a 87,1%, entre as pessoas com deficiência essa proporção cai para 72%.

A taxa de freqüência escolar entre crianças até 14 anos sem deficiência é de 94,5%, mas pode cair para 61% em crianças da mesma idade com alguma deficiência física permanente.

No mercado de trabalho, a situação não é diferente. Do total de pessoas com deficiência em idade ativa, somente 1,6% estão no mercado formal de trabalho, comparou a assessoria.