Sucessão no Congresso tem reflexos na Anatel

A disputa pelo controle das presidências do Senado e da Câmara não influi só no jogo de poder no Congresso. Ela pesa também na disputa para uma vaga no conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Essa definição vai depender da composição política negociada em torno das presidências da Câmara e do Senado e será usada como moeda de troca nas negociações.

Assim como no Congresso, a briga pela vaga da Anatel está entre o PT e o PMDB, partido do ministro das Comunicações, Hélio Costa. No governo, prevalece a seguinte ideia: se o acerto no parlamento fortalecer o PT, a vaga será ocupada pelo PMDB. Por outro lado, se os peemedebistas saírem vitoriosos no Congresso, elegendo o deputado Michel Temer (SP) para a presidência da Câmara e José Sarney (AP) ou Garibaldi Alves (RN) para o Senado, caberá ao PT indicar o conselheiro na agência reguladora.

O posto na Anatel, vago desde novembro, com a saída de Pedro Jaime Ziller, pertence originalmente ao PT – dentro da partilha do setor entre os partidos. Se o critério for mantido, o mais cotado para assumir o cargo é o economista João Rezende, chefe-de-gabinete do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Além de ser ligado politicamente a um dos ministros mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rezende tem a seu favor o fato de ter presidido a concessionária de telefonia fixa Sercomtel, de Londrina, no Paraná. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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