O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liminar dos advogados de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB), para que fosse suspenso o processo em que ela é acusada de participar de esquemas de corrupção no governo do marido. Adriana é alvo de três investigações, uma delas, a Calicute, da Polícia Federal, e está em prisão domiciliar. Cabral continua preso em Bangu 8.
A defesa alega que a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde corre o processo, não tem competência para julgar de uma só vez os diferentes episódios de desvio de recursos que compõem as três investigações. Por isso, pediu que a ação penal fosse distribuída por sorteio e que, enquanto não houvesse uma decisão sobre quem irá julgar a ex-primeira dama, o processo fosse suspenso.
A ministra do STJ Maria Thereza de Assis Moura concluiu, no entanto, que há sim conexão entre os fatos investigados separadamente e decidiu pela continuidade da ação na 7ª Vara. “Além disso, as questões levantadas pela defesa são complexas e exigem uma análise pormenorizada dos autos”, informou o STJ em nota. Ainda não há data para o julgamento de Adriana.