Por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou na quarta-feira (25) o pedido de habeas-corpus do vereador do Rio Jerônimo Guimarães Filho (PMDB). Ele está preso sob acusação de envolvimento com a milícia conhecida como Liga da Justiça, formada por policiais e com atuação na zona oeste do Rio. Segundo o STJ, a defesa do parlamentar alegava que ele corre o risco de perder o mandato por faltar nas sessões da Câmara. Pedia, então, autorização para que ele fosse às sessões escoltado.

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Na avaliação do ministro do STJ Napoleão Nunes Maia Filho, relator do caso, seria incoerente admitir que Guimarães participasse das sessões e desenvolvesse atividades de representação dos cidadãos diante da denúncia feita pelo Ministério Público (MP) contra ele. O grupo do qual o vereador faria parte mantinha um esquema de arrecadação de dinheiro de motoristas de transporte alternativo, comerciantes e moradores por meio de ameaças e uso de violência.

Em seu voto, Nunes Maia afirmou que não existe ilegalidade na manutenção da custódia cautelar do vereador, pois sua prisão foi fundamentada como garantia à ordem pública. De acordo com o STJ, o MP também opinou pela negação do pedido.

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