Stica pede pacto de não agressão entre alas do PT

O deputado Natálio Stica defendeu ontem um pacto de não-agressão entre as diferentes correntes do PT, empenhadas na disputa pelo comando estadual do partido, que será definido na eleição do dia 18 de setembro. Depois de uma reunião com os deputados federais Irineu Colombo e Miguel Assis Couto e o senador Flávio Arns, o deputado petista disse que a avaliação do grupo é que devem cessar as hostilidades internas e que somente a união salva o PT.

Foi uma reação às muitas críticas que as alas da esquerda do partido vêm fazendo ao campo majoritário, grupo ao qual Stica pertence e que controla o partido no Paraná e no país. "Nós temos que evitar que a esquerda do partido fique jogando a culpa sobre o campo majoritário e se apresente como a salvação do partido", afirmou. Stica disse que a idéia inicial era que todas as tendências desistissem de suas candidaturas para lançar um candidato único e assim evitar o trauma da troca de acusações interna. Mas o deputado petista e seus interlocutores consideraram quase nula a possibilidade de uma chapa única e, agora, a alternativa apresentada por Stica que não considera "justas" as acusações que o seu grupo vem sofrendo dentro do partido.

Seqüestro

Para o deputado federal Dr. Rosinha, não tem como fazer acordo de "cessar-fogo". Segundo Rosinha, o deputado defende a suspensão imediata de todos os dirigentes do partido e membros da bancada citados por supostas ilegalidades. "Do contrário, a crise irá se prolongar", afirmou Rosinha, citando que o partido foi "seqüestrado" pelo campo majoritário."Somos mais de 820 mil filiados em todo o País. E um pequeno grupo cometeu ilegalidades. No entanto, todos somos acusados", afirmou. O integrante da corrente de esquerda Democracia Socialista (DS). Na última semana, duas dezenas de deputados do Bloco de Esquerda anunciaram que irão atuar de forma independente da bancada. "Enquanto não forem superados os problenas da bancada com o partido e com o governo, vamos votar de acordo com a nossa consciência", explicou Dr. Rosinha.

Para o deputado Tadeu Veneri, é natural que haja uma expressão de posições diferentes no partido. "É muito cômodo propor união agora para quem esteve administrando o partido durante dez anos, expulsando e tripudiando sobre quem discordava de suas decisões, seja em relação à política econômica ou às alianças. Uma coisa é defender o mandato do presidente Lula. Nisso estamos de acordo. Outra coisa é não assumir as responsabilidades , que é do campo majoritário, sobre esse projeto equivocado que nos trouxe a esta situação", comentou.

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