Stica define posição sobre liderança

Convidado para ser o líder do governo e sem poder assumir o posto por causa das dificuldades na sua substituição na Mesa Executiva da Assembléia Legislativa, o deputado Natálio Stica iria conversar ontem à noite com o governador Roberto Requião (PMDB) para ver se resolve de uma vez por todas o impasse.

O nome indicado pela bancada do PT para a 1.ª vice-presidência da Assembléia, deputado André Vargas, não é aceito na bancada peemedebista e, ao que consta, principalmente pelo Palácio Iguaçu. “Se existe mesmo esse obstáculo junto ao governador, vamos tentar resolver”, disse Stica. Ele nega que esteja pensando em abdicar da liderança e permanecer na Mesa Executiva se não houver acordo entre o PT, o governador e o PMDB.

Desde o início do mês, quando o deputado estadual Ângelo Vanhoni (PT) afastou-se (informalmente) do cargo, logo após a aprovação do plano de cargos, carreira e salários dos professores, criou-se um vácuo na liderança do governo. Vanhoni já não responde mais pela função. Stica ainda não tomou posse e a defesa do governo vem sendo feita, de improviso, pelo líder da bancada peemedebista Antonio Anibelli.

Deputados do PMDB e PT admitem que a situação já está se tornando insustentável. Em meio ao bombardeio do bloco de oposição sobre o adiamento do reajuste dos professores e a crise no Porto de Paranaguá, a liderança do governo tem ficado na defensiva. “Virei um leão de chácara, enquanto o Stica e o Vanhoni estão se entendendo”, disse Anibelli.

Há semanas, setores da bancada do PMDB, com apoio de outros partidos, vêm tentando fazer o PT recuar da indicação de Vargas. Presidente estadual do PT, Vargas bateu de frente diversas vezes com o governador. No primeiro momento, o desentendimento foi por causa das conclusões da CPI do Pedágio. Vargas era o presidente e o relatório foi morno, inconclusivo sobre o problema do pedágio. Não era o que o governador esperava de um aliado. Depois, as desavenças evoluíram nas críticas feitas por Vargas às posições contrárias de Requião a algumas medidas adotadas pelo governo federal, como o caso dos produtos transgênicos.

Apesar da pressão do PMDB e do Palácio Iguaçu, o PT não retirou a sustentação a Vargas. Ele é o presidente estadual do partido e a bancada não tem outra saída a não ser manter sua indicação, avaliam líderes de outros partidos.

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