A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, derrubou nesta quarta-feira, 24, uma decisão do ministro Benjamin Zymler, do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que havia determinado o bloqueio indiscriminado de todos os ativos financeiros da empreiteira Queiroz Galvão. A empresa está na mira da Operação Lava Jato, acusada de participar de um esquema de cartel que desviava recursos da Petrobras.

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“É intuitivo que privada, ainda que momentaneamente, da totalidade do seu ativo circulante, a atividade empresarial desenvolvida pela impetrante não se sustém. Tal raciocínio em absoluto é infirmado pela ideia de que a autoridade impetrada poderá reverter, se provocada e em lapso temporal indefinido, a irrestrita indisponibilidade de bens financeiros decretada”, escreveu a ministra, em seu despacho.

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A decisão de Rosa Weber suspende a eficácia da decisão de Zymler, que havia determinado o bloqueio indiscriminado dos ativos financeiros da empreiteira.

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“Ao promover a indisponibilidade irrestrita dos ativos financeiros da impetrante, sem adotar as precauções ventiladas no acórdão impugnado (…), o relator (…) implementou medida concreta suscetível de colocar em grave e iminente risco a preservação das atividades empresariais da Construtora Queiroz Galvão S/A, com consequências potencialmente desastrosas para o pontual adimplemento das suas obrigações trabalhistas, comerciais e tributárias”, observou Rosa.

Bloqueio parcial

No dia 21 de setembro, o TCU determinou o bloqueio de até R$ 960 milhões em bens das empreiteiras Queiroz Galvão e da Iesa, por conta de irregularidades e superfaturamento ocorridos em contratos de obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

A decisão da ministra atinge apenas o bloqueio indiscriminado total determinado por Zymler, mas mantém o bloqueio de até R$ 960 milhões.