O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai ter de decidir sobre quem herdará as vagas abertas na Câmara após a saída de deputados que se licenciaram para assumir cargos no Executivo.

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Em decisões individuais, ministros do STF têm determinado que os postos sejam assumidos por suplentes dos partidos. Num recurso encaminhado ao Supremo, a Advocacia Geral da União (AGU) pede que as vagas fiquem com os suplentes das coligações e não dos partidos.

A AGU argumenta que há o risco de ocorrer um efeito cascata decorrente das decisões que garantiram o direito às vagas aos suplentes dos partidos e não das coligações.

O órgão sustenta que, em decorrência das liminares, a União tem de pagar salários a parlamentares e a servidores que venham a ser contratados por eles, além de verbas de gabinete, ajuda de custo e auxílio-moradia. Segundo a AGU, esses valores dificilmente voltarão para o Tesouro se ao final os pedidos forem rejeitados.

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“A situação preocupa, pois no âmbito federal são atualmente trinta os titulares licenciados, ou investidos em outros cargos, e em razão da decisão agravada vem crescendo, diariamente, a quantidade de impetrações com o mesmo objetivo. Há notícias de que o precedente desencadeou inúmeras impetrações nas esferas estaduais, deflagrando verdadeiras batalhas jurídicas pelas cadeiras das Assembleias Legislativas”, alega a AGU no recurso.