O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta quarta-feira (22), a partir de 10 horas, o julgamento do pedido de abertura do processo do mensalão. É o mais importante debate jurídico e político, no plenário, envolvendo o governo. Indicado há quatro anos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro que é o relator do caso, Joaquim Barbosa, mandou um recado aos que cobram a fidelidade dele ao Palácio do Planalto. ?O governo não funciona dentro do meu gabinete.

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Sem antecipar o voto, o ministro afirmou estar ?sereníssimo? para anunciar a decisão, que terá peso no futuro político dos ex-ministros José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação) e Anderson Adauto (Transportes), dos deputados petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP) e dos ex-dirigentes do PT Delúbio Soares (ex-tesoureiro) e Sílvio Pereira (ex-secretário-geral do partido).

O relator disse ainda que o julgamento é ?pouco usual?, pelo número de acusados pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza – a denúncia foi apresentada por ele em 11 de abril do ano passado.

A lista dos 40 acusados pelo Ministério Público Federal de formar uma ?quadrilha? para se perpetuar no poder inclui ainda o empresário Marcos Valério, suspeito de ser o operador do mensalão, e o marqueteiro Duda Mendonça, da campanha presidencial vitoriosa de 2002 que emplacou a imagem do ?Lulinha paz e amor?. O julgamento dos acusados pode levar anos.

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Na esfera penal, eles são acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato – as penas podem chegar a 12 anos de prisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.