O secretário do Planejamento, Reinhold Stephanes, reassumiu a Secretaria Estadual de Planejamento. Stephanes havia tomado posse na Câmara Federal em outubro no lugar do ex-deputado José Borba (PMDB), que renunciou ao cargo para evitar o processo de cassação no Conselho de Ética que investiga os envolvidos no escândalo do mensalão. Na vaga de Stephanes, assumiu o segundo suplente Claudio Rorato.
Stephanes foi renomeado pelo governador Roberto Requião (PMDB) na última quinta-feira, dia 24. De volta ao governo, Stephanes foi incumbido por Requião de fazer uma revisão geral nos programas que estão sendo desenvolvidos nas várias áreas. São 106 programas que passarão por uma análise do secretário de Planejamento, a quem o governador solicitou para que faça aferição do desempenho e evolução de cada um. Stephanes tem até o final de dezembro para apresentar um diagnóstico ao governador.
O secretário afirmou ainda que vai retomar as discussões sobre o orçamento do Estado para 2006, que está gerando polêmica entre o governo e a Assembléia Legislativa em função da resistência de Requião em aceitar a apresentação de emendas à proposta. ?Ele até aceita emendas individuais deste que estejam no programa geral do Estado?, afirmou.
Para o orçamento federal, Stephanes assinou junto com a bancada paranaense uma relação de emendas coletivas no valor global de R$ 200 milhões. Entre essas emendas, está o pedido de R$ 30 milhões para a recuperação de estradas federais, que haviam sido concedidas para o governo do Estado e que, por força de uma medida provisória, foram devolvidas à União.
Stephanes observou que, em pouco mais de trinta dias que esteve na Câmara Federal, o ritmo das votações está atravancado pelas comissões parlamentares de inquérito. ?O clima é de cassação e pouco se discute. Nenhuma comissão técnica está funcionando?, comentou. Para Stephanes, a novidade em Brasília é que além dos ataques da oposição, o governo também dá o troco. ?Normalmente, o governo governa. Este ataca a oposição?, observou.
Stephanes voltou ao governo para uma temporada de três meses. No final de março, o secretário deixa o cargo definitivamente e volta à Câmara. Stephanes será candidato a deputado federal em 2006 e terá que se desincompatibilizar do governo para fazer sua campanha.