O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, negou hoje que as medidas do Executivo na área de fertilizantes estejam sendo aceleradas por conta de um temor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo pare no seu último ano por conta da saída de ministros que desejem disputar as eleições. “Esses projetos estão dentro do cronograma firmado há mais de um ano. Além disso, não há receio por parte do presidente de a máquina parar”, disse. Stephanes acrescentou que a decisão do presidente de procurar manter as equipes de técnicos à frente dos ministérios foi pautada pela “racionalidade”, pois, assim, evita-se o debate político a menos de 12 meses do final do governo. “É a lógica manter a equipe”, observou o ministro.

continua após a publicidade

A maioria dos ministros vai se desligar de seus cargos na passagem de março para abril para concorrer a cargos eletivos nas eleições de outubro. A imprensa, no entanto, já noticiou que, especificamente no caso da Agricultura, haveria um acordo entre o PMDB e o presidente Lula para que Stephanes seja substituído pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Wagner Rossi, que, assim como Stephanes, é do quadro do PMDB. O ministro, no entanto, não quis comentar o assunto.

continua após a publicidade